Inóspito e sem cor,
ao tudo lhe serei intenso.
Desce-lhe a Rua das Margaridas
entra-te no meu refúgio
esconde-me através de ti
me leva ao Paraíso!
Coloca-se dentro de ti mesmo
e faz-me ver através daqueles
castanhos olhos vitrais
o seu mundo,
por obséquio.
Torna-se sua presença
um recanto,
que me eleva,
me leva ao Paraíso.
Ao tudo lhe serei intenso
faz-me ver mundos
me mostre suas aquarelas
no mais minucioso tom.
Canto-lhe uma canção;
tira-me do meu mundo
de um coração sem marcas
esquecidas pela tua ausência.
Inóspito e sem cor;
reflete-me transparente,
formando desenhos,
entra-lhe no seu particular.
Me faça com tua presença
acenda-se no escuro,
diferencie.
Me leva ao Paraíso!