11.20.2009

Esqueceram-se ...

    Não nos perguntaram se estações deviam chegar ao fim, sobre a relva o sol a pestanejar, esparramando o cheiro de orvalho sobre meu corpo.
    Não nos perguntaram se realmente guerras lhs ram necessárias, e mortes não seriam-nos recompensadas, se saudades nos fossem arrancadas, se tormentos chegariam ao fim e se a paz poderia se manifestar.
    Não nos perguntaram o real porquê do amor, se este realmente nos é necessário pelas suas dores e sofrimentos, e mais ainda, esqueceram-se de nos perguntar se realmente queríamos amar em razão do tempo, e assim, nunca nos lembrarmos de momentos vividos tempos atrás.
    Não nos perguntaram se o tempo nos é produtivo ou se não desejávamos a juventude eterna, sentindo os cabelos esvoaçarem no vento, galopando no ar, sem mdo da fragilidade, sem medo de nós mesmos.
    Não nos perguntaram se a Lua tivesse que morrer no horizonte, privando-nos de longos momentos sobre sua luz prateada, cantando serenatas, declarando amors de tudo, talvz amores antigos, contudo, verdadeiros.
    Não nos perguntaram se a verdade seria necessária a todo momento, restringindo-nos  de mentiras em nossas infâncias, de momentos que de escondidos eram prfeitamentes visíveis os olhos daqueles que realmente queriam os ver, e sentí-los até o último instante.
    Não nos prguntaram se os ares são mesmo distribuídos à todos, mesmo aqueles que estão sufocados dentro de si mesmo.
    Não nos perguntaram se a infância devesse ser finita, quando se é neste momento que vivemos, contudo, não geralmente lembrados por todos. Se saudades ainda lhes eram permitidas, quando nem ao menos sabíamos se esta nos era essencial.
    Não nos perguntaram se a distância era necessária, e que caminhos diferentes ram de ser seguidos. Criando ilusões de um tempo de que pensávamos que ainda não temos o direito de sentí-las.
    Não nos perguntaram se os sonhos deveriam ser banalizados, quando se sonhos se tornam planos e sonhos ligados ao destino que vagam pelo além.
    Esqueceram-se de perguntar se realmente a vida é do jeito que a levamos ou se um modo completamente nosso ainda está por vir.
                                             Hudson Roberto

11.05.2009

Tempos de Corre-corre.

    Pela simples diferença entre correr e simplesmente ficar parado, por sentir o vento bater em meu rosto, pela simples diferença entre poder viver ao lado de quem se ama e conviver com pessoas do qual preferímos não ficar em suas presenças, quando podia comer o que quiséssemos sem ter que pensar nas mais diversas turbulências do dia-a-dia, e esquecermos de nos desejarmos boa noite; quando esquecemos de olhar as manhãs sem nos lembrarmos de que nossos dias vão ser cansativos e turbulentos; saudades de poder correr, sentir o vento, saudades de uma vida que se foi, de um tempo do qual estive cansado um dia, querendo passar a vida adiante, e hoje lamento por não poder voltar atrás, saudades de uma velha infância guardada apenas pelo tempo, conservada pela poeira, e infinitamente selada pela saudade.
    Saudades daqueles tempos de corre-corre, de quando pensávamos que o sim era sim, e que o não era por mais que teimoso de nossa parte, um sim dito de modo diferente. Quando podíamos nos lembrar apenas do dia anterior, e mesmo assim ter muita história pra contar, quando não tínhamos que nos preocupar com trabalhos, com decepções, estas eram apenas passagens do qual nem tínhamos de que prestar atenção; eternamente crianças no ato de sorrir, mesmo não sabendo que um sorriso pode nos mostrar muitas coisas, entrtanto, o admirávamos, pelo simples fato de expressarmos o quando éramos felizes.
    Pensávamos que o tempo era apenas o restante de cada dia, do qual nos forçávamos a aproveitarmos o máximo que podíamos conseguir, pois um dia estava no fim, contudo amanhã sria mais um, cheios de novas evoluções e descobertas, das quais queríamos compartilhar com todos, com nossos pais, mesmo que eles não possuissem o tal do tempo para nos ouvirem, mas mesmo assim, compartilhando. Quando pensávamos que o amor era algo de que podíamos sentir sem medo, sem medo de fracassar, sem medo de sofrer, sem medo de chorar, e quando a fazíamos, pensando que chorar nos fazia bem, limpava nossa alma para podermos sorrir novamente, e mais uma vez, nunca cansados de poder sorrir.
    Quando obrigações eram apenas para aqueles que nos cuidavam, contudo, possuíamos nossas obrigações, sair de manhã, e poder voar sempre ao lado de quem amávamos. Quando não entendíamos a morte, mas sabíamos rconhecer o real e grande valor que aquela pessoa possuia.  Quando imaginávamos um mundo completamente nosso, do qual podíamos fugir e encontrarmos a maiores maravilhas do qual sonhávamos, nos apegando mais e mais nestes sonhos,  nunca nos decepcionando se eles chegassem ao fim, ceitávamos que era a época de começar a sonhar novamente, e nunca esquecermos de sonhar. Ao eterno e simples fato de podermos ficar no escuro, imaginando dragões, e por mais que sentíssemos medo, era uma aventura da qual não podíamos perder.
    Quando barcos foram construídos, mesmo que sejem de papel, nossos mares não eram agitados, estávamos seguros em nossas bases. Sonhando com uma vida melhor a todos que nos cercam, quando as flores chegassem no auge da primavera, e ficarmos olhando por dias a beleza das cores, e sentir o vento uma vez mais. Saudades de um tempo que nunca me cansei de relembrar, de um tempo do qual sinto saudades eternas, de um tempo do qual pude ser eu, sendo feliz apenas pelo simples e magnífico fato de poder sorrir.
                                                                    Hudson Roberto