12.23.2009

Era..

aquele garoto extrovertido, que pode andar por ae, sem temer o amanhã; aquele menino capaz de diferenciar o quão poderíamos sermos melhores e o quão podemos nos redimir e conseguir as coisas que por mais simples nos completariam; aquele menino que prefere ficar em casa nos dias nublados para poder reconhecer o valor do sol, e mesmo assim, fazer coisas inacreditáveis ao lado de si mesmo; aquele garoto que sabe o quão frágil pode ser os sentimentos de uma mulher e por mais ainda, os sabe respeitar; aquele menino meigo que com seu jeito conquistou não milhares, mas apenas aqueles que lhe era necessário e bom; aquele garoto que pode enxergar que o mundo não é um mar de rosas, mas mesmo assim nunca desistiu de sonhar e de vê-lo com outros olhos; aquele garoto que preferiu dar spaço ao próximo para poder ficar no seu canto, para poder escolher entre ir e ficar parado, com total subjetividade em suas ações; aquele menino que soube no ínfimo das coisas que ler em dias de chuva faz bem e que dias de sol lhs devem ser aproveitados ao máximo, afinal aquele garoto sabia que o amanhã pode ser último e que o último lhe deve ser especial e bem trabalhado; aquele garoto que aprendeu o valor da vida, que soube que mulheres não são instrumentos de prazer , sabendo que estas lhes serão necessárias para uma vida à dois, aquele menino que nunca deixou de ser criança, aproveitando ao extremo aquele momento do qual subjulgávamos, aquele momento em que podíamos nos expressar livremente, sem repressões e que podíamos aproveitar cada segundo daquele dia de sol que raiava no horizonte; afinal, aquele menino hoje cresceu e sabe que a vida lhe deve ser respeitada e por mais que sofrida e complicada, esta lhe deve ser bem vivida.
                             Hudson Roberto

12.14.2009

Casualidades.

Quando eu pensaria que o amor seria tão fundamental em uma vida construída sobre fatos, concretizada a cada instante, planejada até o último momento; quando imaginei que liberdade seria útil em uma vida regrada, limitada a diversos prazeres, levando em conta as tantas tentativas que já realizei; quando pude imaginar que sonhos seriam responsáveis por um mundo melhor quando se em vida não fazemos nada para tornar o que nos rodeia ao menos agradável; que lágrimas seriam derramadas em momentos de felicidade quando me acostumei a chorar pelas tantas horas em que caí, nas horas em que falhei depois de tantos dias, tantos anos lutando para vencer e saber que havia perdido; imaginei que expressões poderiam ser renegadas em atos de tristeza, mas saber que podemos tentar e tentando conseguimos sorrir, mesmo em momentos dos quais imaginávamos sóbrios e totalmente apáticos, nunca parando para olhar a beleza das cores, o perfume das flores, o vento bater em nossos rostos, apenas nos preocupando em nos manter de pé, sempre evitando nos magoar, mesmo que este risco valha a pena; nunca imaginar que desenhos da nossa vida foram feitos, contudo, continuaram pretos e brancos, pelo qual nunca ao menos os reparamos, estávamos cansados e atarefados demais; não imaginar que nossas famílias são a base de tudo, que nossos sonhos são fundamentais para querermos algo novo, não tendo medo de tentar, não valorizando opiniões alheias, mas valorizando o quanto você pode ser feliz; nunca ter imaginado que águas passadas se passaram, mas elas estão presentemente em nossos dias, nos ensinando que já erramos uma vez, nos mantendo alertas,entretanto, nos dizendo que errar faz parte da vida e que viver se corre riscos, e estes riscos são irrevogavelmente prazerosos e se cairmos, levantaremos outra vez para podermos arriscar de novo, não tendo medo de perder e sim aproveitando os raros momentos que tenho me dado de liberdade, afinal esta já me está regrada há muito tempo; nunca termos nos lembrado de buscarmos aquilo que amamos e mais ainda, amá-los até o último momento, pois nunca sabemos o dia de amanhã, e este nos pode ser tarde demais para tentarmos voltar atrás mesmo sabendo que isto não é possível, mas nossos erros nos fazem fazer coisas que jamais pensávamos em ao menos almejar em pensar; ter lembrado que a vida é uma só e que esta lhe deve ser bem vivida, e saber que mesmo em meio a tantas decepções e fracassos, já somos vitoriosos por viver e saber que a vida é a maior conquista que já tivemos e a cada dia mais orgulharmos da vida que vivemos, orgulhando de sorrir nos momentos em que ninguém foi capaz, de ter mudado radicalmente em meio a tantas complicações e conservações, de termos evoluído mesmo que infimamente, afinal, mudar é essencial e saber que mudanças devem seguir um certo limite como tudo neste mundo os possui, mas nunca generalizarmos o modo de como vivemos, mas sim expandirmos nossas experiências e aprendermos que ainda temos que viver muito mais, e no final de tudo lembrarmos, que vivemos e que o amor é tudo em nosso ser e viver ainda mais.

Hudson Roberto

12.13.2009

...

Quando lembrava de nossas expectativas, de nossos momentos passados juntos, de quantas primaveras tivemos, de quantos ares podemos voar juntos e ver que hoje isto tudo se foi, esvaiu-se no vento que antes nos fazia tão bem, hoje se tornou o nosso ponto final. Lembrar de quantos momentos pudemos ter além, de sentimentos que poderiam ser expressados ainda mais, de sorrisos e beijos dados mais freqüentemente e ver que estes já ficaram empoirados há tempo. Lembrar do quanto você me fazia bem, me resgatando quanto eu estava fora de mim, e me trazendo para o seu lado, tornando assim o momento mais seguro da minha vida, de quando estávamos ligados mesmo à longas distâncias. Um amor do qual não me orgulhava por ser o mais verdadeiro, o maior, o MELHOR, não, me orgulhava de ser o meu amor, aquele que eu podia fugir para sempre e ali ficar escondido, protegido das marés que viriam me levar para longe de você, d'aquele amor que se via a longas distâncias, pelo seu eterno brilho que irradiava nas coisas mais simples, como aquele intenso sorriso que dava quando via você perto de mim e nunca me cansar de sorrir. Me lembrava de quando meu vocabulário se resumia nas mais pequenas palavras: Eu Amo Você! De quando eu era singelamente feliz, vivendo em um amor que seria não a base de mim, mas a de toda a nossa existência. E hoje ver que tudo isto se foi e crêr que já não podemos voltar atrás e nem começar denovo, bastando apenas a aceitar que passar, passou, mas ficou eternamente gravado em nós, aquele momento em que eu era você, contudo, era a maior parte de mim, pois a outra, estava guardada em uma garrafa lançada no mar, esperando o tempo passar, até que você a encontre-a um dia, e ler em um simples e pequeno papel: há muito tempo já parti deste mundo, entretanto, vou estar sempre com você, aqui está o resto do meu coração, pois a outra parte ainda está gravada naquele amor, no meu amor, você.

12.01.2009

Lembranças.


    Nunca me imaginei como seria ir e ter que voltar da estaca zero, de ter que relembrar de momentos dos quais tentei deixar esquecidos anos atrás, guardados em meus diversos baús, trancados com meus cadeados e selados pelas minhas imensas e cansativas tentativas de podê-las esquecer.
    Jamais me lembri de sentimentos há muito trancafiados, e sentí-los agora com tamanha intensidade, me desafiando a cada  momento, tentando manter o controle, com medo de que me dominem, como já os fizeram uma vez.
    Quando minhas vitórias esquecidas pelo tempo nunca voltariam novamente, mesmo que eu lhes tente lembrar. De eternos sonhos alimentados em tantos anos de luta, despencarem sob meus olhos e perceber que eles já não voltam mais; quando que sonhos mudam com os anos, ou talvez, se perdurem por uma vida toda.
    Infinitamente, nunca imaginei que paixões pelo que faço pudessem se transformar em verdadeiros momentos de tristeza; em ver suas derrotas lhes passarem como um filme por seus olhos e você não poder fazer, simplesmente, nada.
    Quando o ar que você respira já não lhe é suficiente, mesmo que seus pulmões estejam trabalhando perfeitamente, contudo, você está sufocado dentro de si mesmo, e sabe que ares novos serão eternamente relaxantes. Pois estes lhes farão ver que você pode voar em céus mais azuis, ver sóis poentes mais frequentes, poder sentir aí sim, o verdadeiro vento que lhe é merecido.
    Saber que seus momentos de glória sempr serão lembrados, não por todos, mas se você os lembre, já será o suficiente. Aprendendo a entrar em suas portas , lhes dando valor; mesmo que os caminhos do outros sejam melhores. Os nossos caminhos e nossas escolhas mostram o que realmente somos, e não aquilo que almejávamos poder ao menos tentar conseguir imitar.
    Vizualizar possibilidades em tudo que fazermos, transformando o simples no nosso, e tornando os momentos presenciados eternos.
    Não se esquecendo das diversas idéias que ka tivemos, pois, estas um dia serão necessárias. Esquecendo-se de lamentar de como a vida poderia ser melhor, e sim, pensarmos naqueles que t^m que a enfrentar de braços e peitos abertos a todo instante; aqueles que não podem andar e mesmo assim caminham por força de vontade.
    Não acorrentar nossa alma a coisas onipresentes das quais suas expectativas são nulas. E jamais esquecermos de lembrar que nossas escolhas são fundamentais em nossos caminhos, mesmo que estessejam os mais simples, contudo, são irrevogavelmente, nossos.
                                      Hudson Roberto