6.13.2009

Ao acontecido, inesperado.

( Hudson Roberto )

Vives em um mundo, isto é o certo, mas em qual mundo? Baby, I can see your halo ♪, você tem visto ao menos o tempo passar? Tem visto as estações florirem e em meios a ventos calmos morrerem? Tem visto a vida passar diante dos teus olhos sem que você ao menos veja o quão foi bom viver, e no final se pergunta o que exatamente você viveu? Teve tempo pra si mesmo, realizou seus sonhos mais adormecidos e inéditos a cada segundo enquanto lhe pulsavam em suas veias, e sonhando como seria melhor, mas jamais se lembrou que não se espera que se aconteça, mas sim acontece porquê fazemos.
Será que queremos viver apenas diante da morte mesmo sabendo que tivemos anos, dias ou talvez até segundos para poder viver e nem sequer lembramos de seu último momento estava a qualquer minuto e que deveríamos viver o agora, sentir o vento, correr na praia, perdoar alguém, perdoar a si mesmo, amar alguém, deixar ser amado por alguém. Ninguém nunca disse que viver era fácil, mas você nunca tentou?
Será que só amamos quando perdemos alguém, e choramos apenas em momentos de tristeza, contudo devemos chorar de alegria ao saber que amamos algo que pensávamos que tinhamos perdido, e nem olhamos pro lado ou ao menos enxergamos não diante de nossos olhos, mas sim diante de nossos corações. Uns dizem que só existimos no sentido figurado, contudo vivemos figuradamente para escondermos o que é torturoso, contudo é a mais sublime e real verdade.
Vivemos por impulso, mas não tivemos impulso por viver. Mantivemos amores escondidos, contudo amamos no esquecimento e esquecemos amores. Mentimos algo que se tornava inesperadamente verdade e geramos momentos simples, mais tão complexos ao mesmo tempo que esquecemos de resolver as coisas mais claras de nossas vidas e nos vermos em frente a problemas e mais problemas, mas sempre com uma simples e clara solução, pois não importa a complexidade da situação, sempre existem dois lados, basta apenas você querer enxergá-las.
E no final, nos perguntamos, será que vivemos pra contar algo, ou vivemos por apenas falar que vivemos?