8.12.2009

Acordei.

Quando finalmente soube, já não adiantava mais; quando escutei sua voz, já havia me tornado surdo; quando te vi pela última vez, me senti distante e não pude lhe abraçar.
Me sinto só, tenho uma louca vontade de gritas, sair desta penumbra que devaneia a minha visão, quero sair destas algemas que me aflige, que me tortura. Finalmente, busco uma solução.
Vou até seu encontro, deixe-me lhe ver pela última vez, sentir o teu abraço, tocar seus lábios com os meus por um instante, deixe-me sair desta minha sina, eu quero sentir o cheiro do mar, sentir a brisa esvoaçar meu cabelo, sentir o gosto da liberdade. Estou cansado desta eterna máquina que sou.
Eu to tentando largar meus vícios, eu to tentando me encontrar de novo, eu to tentando viver contigo, eu to criando minhas verdades, eu to tentando lembrar de mim.
Verdadeiros sentimentos, podem não ser lembrados mas, contudo, jamais esquecidos. Momentos ao teu lado inimagináveis, envelhecidos no âmbito do cotidiano, e eternamente lembrados no momento do frágil e feroz prazer. Incandescente e ilimitado ser.
Olhando pela janela do meu quarto, a sombra do céu azul resplandecente, encosto-me à sacada e penso em você. Eu lhe procuro a todo momento, eu vejo sóis e constelações, um eterno modo convencional de cotidiano, relacionado ao simples fato de ter você.

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